6 de novembro de 2013

Entrevista com Luciana Rachid


Luciana Rachid (Divulgação)
Caros leitores, tocar contrabaixo não é moleza. Ainda mais para uma garota que vem de uma família de músicos, mas que não tem na altura um grande aliado. Na competência, por outro lado, dá um show. Estamos falando de Luciana Rachid. Vamos saber o que ela diz.

Carlos Wagner – Quando você começou a tocar nas noites?
Luciana – Comecei aos 12 anos, na banda Asa Delta, de meu irmão Zezinho.

Quais músicos lhe serviram de influência?
Em primeiro lugar, minha família era de uma casa onde haviam instrumentos esparramados por quase todos os cômodos. Zezinho foi o responsável pelo meu aprendizado. Colocou um contrabaixo em minhas mãos e me ensinou as primeiras notas e levadas. Em segundo lugar, um amigo, de São Paulo (Sidney Ishara, grande músico, baixista, tecladista e violonista), me conheceu em uma exposição na capital paulista. Eu na banda Asa Delta e ele, baixista da cantora Wanderléia. Depois que o conheci, desenvolvi bastante no baixo, estudando muitos materiais, como fitas de aula, métodos de slap, apostilas, etc. E outros baixistas também me influenciaram como Nico Assumpção, Billy Sheehan, que é, em minha opinião, o maior baixista do mundo, Delan, Roupa Nova, Freddie Mercury, Whitney Houston e vários outros. Não posso deixar de agradecer a você, meu grande amigo, por me aplicar tudo que existe de melhor na música brasileira e internacional.

Luciana, sempre tive grande prazer em apresentar meus discos de vinil, fitas e, hoje, CDs e DVDs aos meus amigos músicos. Mas, conte-nos: onde tem tocado ultimamente?
Tenho tocado bastante com a banda CM5, que faz shows por toda Minas Gerais e outros estados, como São Paulo, Rio de Janeiro e Bahia.

Todos sabemos que você é uma estudiosa da música, mas o que ouve como fonte de inspiração?
Tenho muitas fontes de inspiração, mas gosto muito de Aerosmith, Jason Mraz, Jorge Vercilo, Bruno Mars, Queen, e muita Música Popular Brasileira.

Realmente, a Música Popular Brasileira é muito diversificada e rica. Fale um pouco em tocar nas noites.
Tocar nas noites é o que tenho feito a minha vida toda, desde os meus 12 anos. Talvez por isso o tema, inicialmente, sugira-me cansaço, porque é árduo, sofrido e desgastante. Temos muito de palhaço: pintamos o sorriso no rosto e transmitimos toda a alegria quando, muitas vezes, choramos por dentro, quando, muitas vezes, estamos doentes, sem poder demonstrar fraqueza. Mas há de se considerar o lado bom do ofício. Se assim não fosse, não o suportaríamos por tanto tempo. Há talento correndo nas veias. Há o aplauso, há aceitação do público, o encantamento no olhar da plateia, há toda uma energia vital vibrando e fazendo que sejamos uma só família em cada show. A soma desses dois lados, tão contrários, é a gratidão; afinal, vestimo-nos de festa para trabalhar e nossa missão é sempre levar alegria e prazer às pessoas.

Puxa, sua fala foi de grande inspiração. Mas, como sempre, peço que deixe uma mensagem aos pitanguienses.
Carregamos, com orgulho, o nome de Pitangui impresso nas placas de nossos carros, ônibus, trios elétricos, carretas de equipamentos, nos documentos contratuais da Banda CM5 e impresso também no nosso coração. Como é bom retornar para casa depois de cada show, para a cidade-mãe que nos acolhe. Agradeço ao nosso público pelo carinho com que nos aplaude cada vez que aqui nos apresentamos. E sentimo-nos muito felizes e honrados por quebrarmos as regras do ditado que diz que santo de casa não faz milagre. Nós fazemos. Obrigada, galera de Pitangui!

Nós é que agradecemos pelo carinho, pela paixão pela música e por representarem tão bem o nome da nossa cidade. Grande abraço e obrigado.

3 comentários:

  1. Muito bom!!! Parabéns ao Caws, à Luciana e a Família Rachid. A música com certeza é um dos principais patrimônios de Pitangui, ainda pouco explorados!

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  2. Nossa, conheci tocando na Asa Delta no Trem Caipira em BH. Trabalhava la. Muito boa cantora.

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  3. Sou fã da Luciana, do Asa Delta, e vi suas apresentações nas festas das igrejas, barraquinhas em Pitangui, década de 80,90. Em 2010, Luciana na banda CM5, tocaram na minha festa de formatura em Direito, no Estrela do Oeste, aqui em Divinópolis, foi um grande Show que ficou marcado pra mim.

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